
A Inteligência Artificial (IA) está em todo lugar – nas empresas, nos celulares e até nas nossas conversas de bar (ou quase!). No Brasil, 63% das empresas já utilizam soluções baseadas em IA, e somos o quarto país que mais usa o ChatGPT no mundo. Impressionante, né? Mas será que essa onda de IA é realmente para todo mundo?
Nem todo mundo sabe o que perguntar
Imagine alguém recém-chegado ao mercado de trabalho tentando usar uma ferramenta de IA. Uma ferramenta de IA é como um GPS: ela pode te guiar, mas você precisa saber para onde quer ir. Quem está começando muitas vezes não sabe o que perguntar e, pior ainda, pode não perceber quando a ferramenta entrega algo errado.
As ferramentas de IA ainda estão em seus primeiros passos. Sem o senso crítico necessário, a pessoa pode acabar sendo guiada por informações equivocadas, o que não ajuda no desenvolvimento de habilidades sólidas. Quem nunca se perdeu ao seguir cegamente um GPS, que atire a primeira pedra!
A importância da crítica e da interpretação de dados
Cerca de 90% das empresas estão investindo em dados e ferramentas de analytics para identificar tendências de consumo. Mas há um porém: se você não sabe interpretar esses dados e questionar os resultados, é fácil cair em armadilhas. IA sem uma mente crítica é como um avião sem piloto – ele pode estar no ar, mas o pouso é um mistério.
É aqui que entra a importância de uma base sólida de conhecimento. A IA é uma ferramenta incrível para quem já sabe como manejar o que a ferramenta entrega, mas quem está começando precisa primeiro aprender o básico – e isso, a IA ainda não faz por você. Sem uma base forte, a dependência da IA pode levar a uma série de erros que custam caro.
IA no Brasil: avanço inegável, mas nem sempre acessível
Com 46% dos brasileiros utilizando recursos de IA nos últimos 12 meses, o avanço é inegável. E não me entenda mal – eu sou um grande entusiasta de ferramentas que aumentam nossa produtividade e criatividade. Mas é preciso reconhecer que, para algumas pessoas, a IA pode acabar sendo mais um obstáculo do que um aliado.
O problema é que nem sempre sabemos separar o “ouro” do “lixo digital”. Sem experiência suficiente para identificar falhas, a pessoa pode confiar cegamente nos resultados, o que não só atrasa seu aprendizado, como pode distorcer o conhecimento.


Conselho para jovens profissionais: não tenha pressa
Se eu pudesse dar um conselho para os jovens profissionais que estão começando, seria o seguinte: não tenha pressa. Entender o básico, conhecer a fundo seu campo de atuação e desenvolver senso crítico são habilidades que levam tempo. Não se apresse para “deixar tudo na mão da IA”. Use a tecnologia como ferramenta, mas seja você a mente por trás das decisões. Afinal, conhecimento adquirido na prática é algo que IA nenhuma pode replicar.
A moral da história
A IA é uma ferramenta fantástica, mas não é a resposta para tudo – pelo menos, não para todo mundo e não ainda. Para quem está começando uma jornada, o caminho não pode ser encurtado. As bases precisam ser construídas do jeito antigo: estudo, muitos erros e acertos. Porque, na prática, saber o que perguntar é tão importante quanto a resposta que você recebe.
Para se aprofundar:
OpinionBox. Relatório: Inteligência artificial, percepção e os usos da IA no Brasil. OpinionBox. Disponível em: https://blog.opinionbox.com/relatorio-inteligencia-artificial-percepcao-e-os-usos-da-ia-no-brasil/. Acesso em: 21 fev. 2025.
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